Gosto de desafios. Uns mais dificeis que outros. Outros mais importantes, outros menos. Uma vez ou outra já aderi "aqui em casa"...desta vez não podia deixar de contribuir neste desafio, lançado pela Equipa dos Blogs do Sapo, pois este mexe com "aquele" sentimento, o "tal" sentimento.
Quando falam em "melhor canção de amor", certamente que se referem aquela canção que nos provoca um misto de nervoso miudinho, com arrepio na espinha, lágrima no olho, sorriso nos lábios...a minha é esta...
Podia, até, contar-vos uma história interminável que justificasse esta minha escolha...mas não. Posso dizer-vos, sim, que é muito especial para mim e para o meu marido, no dia do nosso casamento, foi com esta música que entrámos no Salão, com todos os convidados de pé, a baterem palmas, foi muito, muito emocionante...foi o único momento em que ambos "choramingámos", com lágrimas claramente de alegria. Inesquecível!!
Hoje, sempre que ouço esta música fico arrepiada, comovida, feliz, nostálgica...
O deserto que atravessei
Ninguém me viu passar
Estranha e só
Nem pude ver que o céu é maior
Tentei dizer
Mas vi você
Tão longe de chegar
Mais perto de algum lugar
É deserto onde eu te encontrei
Você me viu passar
Correndo só
Nem pude ver que o tempo é maior
Olhei pra mim
Me vi assim
Tão perto de chegar
Onde você não está
No silêncio uma catedral
Um templo em mim
Onde eu possa ser imortal
Mas vai existir
Eu sei, vai ter que existir
Vai resistir nosso lugar
Solidão, quem pode evitar?
Te encontro enfim
Meu coração é secular
Sonha e desagua dentro de mim
Amanhã, devagar
Me diz como voltar
Se eu disser que foi por amor
Não vou mentir pra mim
Se eu disser deixa pra depois
Não foi sempre assim
Tentei dizer
Mas vi você
Tão longe de chegar
Mais perto de algum lugar
Zélia Duncan